Resenha - Os Homens que não Amavam as Mulheres



Os Homens que não Amavam as Mulheres

Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Classificação: Literatura estrangeira - Policial
Número de páginas:522

Primeiro volume da trilogia Millennium, Os Homens que Não Amavam as Mulheres, de Stieg Larsson, faz um paralelo das histórias de Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander. Duas pessoas totalmente diferentes, mas com objetivos muito semelhantes.
Mikael Blomkvist é o editor e coproprietário da revista Millennium, publicação que denuncia falcatruas no mundo das finanças e acaba de ser condenado em um caso de difamação contra Hans-Erik Wenneströn, um influente homem de negócios na Suécia. Mikael perde tudo, inclusive sua liberdade, sendo condenado a 3 meses de prisão e ao pagamento de uma enorme indenização. A partir daí, ele resolve deixar a Revista Millenium, para que a publicação não seja prejudicada.
Lisbeth Salander  é uma jovem problemática que vive sob a tutela do governo. Uma hacker muito habilidosa, de aparência estranha, cheia de piercings e tatuagens, vive uma vida alternativa, a seu modo. Trabalha na Milton Security como investigadora, apesar de se declarar como “moça da xerox e do cafezinho” e é incrivelmente boa naquilo que faz. Tem uma memória admirável e uma inteligência muito acima da média, apesar da vida sofrida e conturbada que teve.  Foi contratada para fazer uma “pesquisa” sobre a vida de Mikael Blomkvist e é a partir daí que suas vidas se cruzam.
Mikael Blomkvist é convidado por Henrik Vanger, um homem idoso, dono de um império em decadência, a escrever a biografia da família Vanger. Uma família cheia de segredos e mistérios. Mas na verdade, o que Henrik realmente deseja é desvendar o desaparecimento de sua sobrinha neta Harriet Vager. Harriet desapareceu da ilha em que morava com a família sem deixar rastros. A ilha estava isolada por ocasião de um acidente e não há explicações para o desaparecimento dela. Henrik acredita que Harriet foi assassinada por um dos membros da família e viveu durante 40 anos atormentado por essa dúvida, recebendo todos os anos em seu aniversário uma planta seca emoldurada, mesmo presente que recebia de Harriet. A princípio Mikael reluta em aceitar a proposta de Henrik, mas quando ele oferece a “cabeça” de Hans-Erik Wenneströn, ele aceita o desafio.
             Mikael inicia o trabalho, mas ao se deparar com um fato inesperado, precisa recorrer a alguém para uma pesquisa muito particular, e Lisbeth é a pessoa indicada. Eles se unem para este trabalho e acabam se aproximando além dele.


                Este é o tipo de livro que não é para qualquer leitor. É um livro denso, com muita informação, truncado algumas vezes. São muitos personagens, e às vezes é necessário voltar algumas páginas pra entender melhor o desenrolar da história.
                A história é muito bem escrita, cheia de detalhes, mas tem um fim previsível. Valeu a pena por ser uma leitura tão rica. Lisbeth é sem dúvida a melhor personagem do livro, muito bem construída, cheia de nuances, uma mulher frágil, porém determinada. Ao mesmo tempo em que é cruel, é justa e faz a SUA justiça. Fascinante. Destaque para a reação dela às investidas de seu novo tutor, Dr. Nils Bjurman.
                Leitura obrigatória para os fãs de literatura de suspense e trillers de tirar o fôlego, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres ganhou uma adaptação americana para o cinema. Super recomendo! O roteiro é muito fiel ao livro, e a atriz que fez Lisbeth (Rooney Mara) é sensacional! Existem também adaptações suecas dos três volumes da trilogia, mas ainda não tive a oportunidade de assistir.

                Em breve, aqui no Sonhando Por Escrito, vou postar a resenha de A Menina Que Brincava com Fogo, segundo volume da trilogia Millennium. Aguardem!

Michelle

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