Resenha - Morte Súbita


Morte Súbita             

Autor: J. K. Rowling
Editora: Nova fronteira
Classificação: Literatura estrangeira - Romance
Número de páginas: 512

              História ambientada na cidade inglesa de Pagford, Morte Súbita nos mostra o cotidiano de pessoas comuns, com seus defeitos e qualidades. Olhando bem de perto, Pagford poderia ser na verdade qualquer cidade, com habitantes reais cheios de limitações. Sentimentos como inveja, orgulho e preconceito permeiam os personagens, dando a eles uma verdade e para o leitor o sentimento de realidade muito grande.
                A história se inicia com a morte de Barry Fairbrother. Barry tinha 42 e era casado com Mary, com quem teve 4 filhos. Como o título do livro já sugere, ele teve uma morte súbita, vítima de um aneurisma cerebral.  A morte de Barry desencadeia uma série de acontecimentos em Pagford, pois ele deixa vago o cobiçado cargo de conselheiro da cidade. São vários os candidatos e vários também são os motivos para a disputa.
                Howard Mollison , casado com Shirley, é dono da delicatessem da cidade em sociedade com Maureen, e já tem o candidato perfeito: seu filho, o advogado Miles Mollison. Howard sempre fez oposição a Barry, e mal disfarça seu contentamento em ver o inimigo morto e sua vaga no conselho desocupada.
                Outro candidado é Colin Wall, vice diretor da escola da cidade e considerado somente por ele mesmo, o melhor amigo de Barry. Colin resolve se candidatar para dar continuidade aos planos do amigo no conselho. Mas sua esposa Tessa acredita que o marido não é a pessoa mais indicada para o cargo. Colin e Tessa são pais de Stuart, mais conhecido por todos como Bola. O filho é um menino problema. Vive ridicularizando os pais na frente de todos e se considera a pessoa mais engraçada e descolada do mundo.
                Outro que se candidata ao cargo é Simon Price. Casado com Ruth e pai de dois filhos, o interesse de Simon é simplesmente se dar bem. E acredita que sendo conselheiro da cidade, ele só terá a ganhar.
                A história ainda tem vários outros personagens, Krystal Weedon, de 16 anos, filha de Terri que é viciada em drogas. Kay Bawden, assistente social, que se muda para a cidade com a filha Gaia para ficar ao lado do namorado, Gaven Hughes, que é advogado e sócio de Miles.  A médica Parminder Jawanda, esta sim, melhor amiga de Barry e sua aliada no conselho. Casada com o também médico Vikran, têm três filhos.
                A maior divergência entre os personagens é a disputa que gira em torno do bairro Fields, uma favela melhorada que foi incorporada à cidade. Barry sempre defendeu os moradores de Fields, pois ele já foi um deles. Mas a maioria na cidade não aceita a aproximação dessas pessoas, que para eles, são um bando de drogados e desocupados. Eles querem a todo custo fechar a clínica de apoio aos dependentes químicos instalada no bairro e jogar a responsabilidade para a cidade vizinha. Essa foi, e ainda será a grande luta do conselho da cidade.


                Muitos personagens, muitas histórias, segredos e revelações, fazem do livro Morte Subita uma leitura densa e cansativa. A J. K. Rowling que conhecemos de Harry Potter não é, nem de longe, a mesma de Morte súbita. Não leia esperando alguma semelhança. Não há! É uma história da vida real, cheia de ódio, disputas e segredos, onde ninguém é totalmente bom ou totalmente mal.
                A narrativa é alternada entre quase todos os personagens. Não há protagonistas. Todos os personagens fazem parte de uma cadeia de interesses e mentiras, que nos confunde em muitos momentos, deixando o leitor sem saber para quem deve torcer.
                A história é um tanto lenta e muito complexa. O início é complicado até a gente se familiarizar com todos os personagens. Não há grandes reviravoltas, já que é uma história da vida real, e na vida real, as coisas acontecem as poucos, com pequenas revelações, e é assim que a história se desenrola.
                Morte Súbita não é uma leitura fácil, simples, não é para qualquer leitor. Uma história muito bem escrita (como era de se esperar da autora), mas não traz envolvimento. Não espere um final feliz, nem nada fantástico nem fantasioso. Morte Súbita é a vida como ela é!
                Se eu recomendo Morte Súbita? A resposta é: depende. Se vc quer um livro que te envolva, com uma história agradável, leve e cheia de expectativas, não, eu não recomendo. Mas se você consegue abrir sua mente pra uma leitura complexa, real e de alto nível, sim, eu recomendo.

Michelle


1 comentários:

Patty Santos disse...

Ahhhh!!! Morte Súbita esta na minha estante deste o final do ano passado, ainda não li... e pela sua resenha não é o livro que estou no ritmo pra ler... ultimamente estou mais pra uma leitura mais leve...
Adorei a resenha, parabéns!!!
Te indiquei um selinho lá no blog, depois dá uma passadinha pra pegar...
Beijos
http://coracaodetinta.blogspot.com.br/2013/05/selinho-best-blog.html

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